sábado, fevereiro 25, 2006

O Carnaval

Na obra O Presbitério da Montanha,
António Feliciano de Castilho (1800/1875)
faz esta descrição do Carnaval português:
"O Carnaval é, como ainda nós por aqui o conhecemos nos seus dias áureos, tríduo de folia desatada, guerra porfiada e bem rida de todos contra cada um, e de cada um contra todos. São as pulhas, as peças, os esguichos, os pós, a laranja... que derruba o chapéu, de que o bom Filinto com tanta saudade se lembrava lá em Paris, o rabo-leva de tripas entufadas, a mão de ferrugem da chaminé com azeite pelos focinhos, as estopas apegadas às costas e incendidas, o vinho com sal, as filhós com trapos, e todos os mais adminículos, que no ritual clássico se contêm."

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

150.º aniversário da morte de Schumann


Robert Schumann nasceu em 8 de junho de 1810 na cidade de Zwickau, Saxônia, Alemanha, filho de um livreiro e Johanna Schumann.
Em 1830, passou a dedicar-se exclusivamente à música, com auxílio de seu professor Friedrich Wieck. Em 1832 um misterioso incidente envolvendo um suposto mecanismo, por ele inventado para dar mais independência aos dedos, fez com que Schumann perdesse os movimentos do quarto dedo da mão esquerda. Hoje, alguns estudiosos dizem que o compositor, na verdade, teve os movimentos das mãos prejudicados em função de um remédio para sífilis, contudo, isso ainda não pode ser comprovado.
Tendo o sonho de se tornar um solista interrompido por este destino infortuno, começou a se interessar mais pela composição. Sua tendência era revolucionária na época, não gostava das (usando suas próprias palavras) áridas escolas do contraponto e da harmonia. Teve na análise das obras de Mozart, Schubert e Beethoven, dentre outros, sua principal influência composicional.
Em conjunto com amigos e intelectuais da época fundou o
Neue Zeitschrift für Musik. Um jornal voltado para a música, em 1834. Nos dez anos em que esteve à frente deste, teve uma rica produção artística.

Agostinho da Silva, O Pensador


«Restaurar a criança em nós, e em nós a coroarmos Imperador, eis aí o primeiro passo para a formação do império.»

Estamos a celebrar o 100º aniversário do nascimento do maior pensador contemporâneo de expressão portuguesa. Porque "não está certo que morremos. Só sabemos que os outros morreram..."